Orgulho. Até que ponto isso é bom? Eu sinto orgulho dos meus pais, sinto
orgulho de dizer que são meus pais, porque me orgulho de quem eles são, do que
fazem e de como são ao mundo. Mas também tenho um orgulho que me impede, me
agonia e me sufoca. Errar, não conheço alguém que não erre, que não machuque e
se arrependa depois, porque não existe ninguém no mundo que não tenha a intenção
de machucar alguém. Quando fizemos isso, é de propósito, acredite. Ainda
que inconscientemente. Quando alguém nos fere a nossa primeira reação é o que?
Tentar fazer com que a pessoa que nos feriu, sinta a nossa dor proporcional a
que ela nos causou, e como fazemos isso? O machucando também, obviamente! Mas os
sentimentos não acabam por conta das feriadas resultantes
deles, independente da intensidade da dor, uma hora ela diminuiu ou desaparece e
eles voltam a falar mais alto. Mas aí é tarde demais, já foi feito ou dito. E
desculpas podem mostrar arrependimento, mas não fazem parar de doer, não é
borracha que apaga o que foi dito ou feito, e pior de tudo, é que nada pode
fazer isso, nem mesmo o tempo. Sim, ele faz as coisas deixarem de estar em
evidencia, mas esquecer algo que te fez chorar, sofrer, sorrir ou qualquer outro
sentimento que tenha lhe causado, eu acho dificil. Vi uma frase que concordo
plenamente, e resume isso, ela diz assim:“A gente nunca esquece o tombo, nem o
cavalo que nos derrubou.” E sabendo disso a gente se pergunta: pedir ou não
desculpas? melhora ou piora? E embora as desculpas sejam sinceras elas podem ser
interpretadas de maneira pior que as ofensa ditas ou feitas. Aí eis que ele da
as caras, é, meu amigo orgulho, esse eu posso dizer: ele não me abandona! E o
pior de tudo ainda, é que ele tortura ainda mais que o fato de saber que
errei….
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário